Eu não me imaginava professora, mas este tem sido meu dia-a-dia, de 2017 para cá. Minto: de 2006 pra cá – antes me dividia em vários cursos, tarefas, e até trabalhando em agências dava um jeitinho de ir pra sala de aula todas as noites… E agora, todos os dias, de segunda a sexta.
Tem sido muito prazeroso conhecer pessoas novas, ver seu desenvolvimento, observar como atingem objetivos, o quanto podemos auxiliar no processo, ouvir suas histórias… E resolvi finalmente fazer uma pós-graduação nesta área, de educação, para me auxiliar no processo.
Adorei navegar pelo universo da pedagogia, da psicologia, da didática. E perceber que sabia muito pouco desses assuntos tão necessários em sala de aula – já que o ensino técnico, onde trabalho, não exige esta formação necessariamente do bacharel para exercer a docência – me mostrou tantos caminhos… ao mesmo tempo muita coisa não funciona na prática, a sala de aula tem muitas variáveis! Lidar com pessoas é sempre complexo demais. É fato, meus alunos me ensinam muito!
Passando por isso de todo dia e aprendendo alguma coisa nova, creio que me coloquei numa posição bem mais humilde em relação a muita coisa na vida, principalmente aceitar o fato de que ninguém sabe tudo. Agora olho e percebo quanto a arrogância e orgulho nos tiram do bom-senso de entender que tudo o que sabemos é sempre pouco.
Quem para de aprender morre um pouco por dentro. Perde a compreensão do outro, a coragem até de duvidar, a curiosidade. Num mundo onde pessoas batem no peito com orgulho para dizer que tem toda certeza, prefiro ter dúvidas e perguntas. Aliás, o que você aprendeu hoje?